Edição Vol.1 No. 24 (2021)

TEORIA DO AGENDAMENTO E O DISCURSO DO CRIME: O POPULISMO PENAL E O ESTEREÓTIPO CRIADO PELA MÍDIA.

Resumo

O mais média, a mídia em si, cria as suas regras na emissão da notícia, como se sabe o jornalismo que produz a notícia para uma empresa midiática, por certo não tem a liberdade de expressão, a sua liberdade está naquilo que a empresa vê como certo na produção da notícia, aí é que está a diferença do jornalista livre, que se expressa sem uma empresa para podar o que se quer emitir como notícia. A teoria do agendamento vem como uma relação dogmática e ideológica da notícia na formação da realidade social que se quer construir ou produzir, é uma relação entre a imprensa e o seu público, cuja linguagem são repetidas para impressionar o público alvo, que é o receptor, este receptor absorve a notícia como sendo a verdade real de um fato, ato, ou coisa que se quer como certa, é a própria coisificação do homem. Já o populismo penal midiático, é um show acobertado por holofotes que tem a justiça como ator principal, cuja intenção no agendamento da notícia, é criar bandidos, que devem ser presos e por certo julgados pela mídia, onde a justiça imposta pela mídia já dar o veredito final da pessoa condenada, porque a opinião pública assim o quer. A mídia no seu agendamento cria o bandido, o marginal e fecha os olhos para o marginalizado, o marginalizado se torna um vácuo silenciado como forma de ser esquecido para se tornar o marginal que se quer construído, é a honra roubada, para se tornar um desonrado na produção do agendamento, o bandido, que não vem de um bando, vem dos lenções de pobrezas que se acumulam nas grandes cidades em estratos de um último andar da sociedade que é esquecido, ou que se quer esquecer.

Publicado

22 de jul. de 2023

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