TEORIA DO AGENDAMENTO E O DISCURSO DO CRIME: o populismo penal e o estereótipo criado pela mídia.
Autor(es): Desidério José de Santana Neto

O mais média, a mídia em si, cria as suas regras na emissão da notícia, como se sabe o jornalismo que produz a notícia para uma empresa midiática,
por certo não tem a liberdade de expressão, a sua liberdade está naquilo que a empresa vê como certo na produção da notícia, aí é que está a diferença do jornalista livre, que se expressa sem uma empresa para podar o que se quer emitir como notícia.
A teoria do agendamento vem como uma relação dogmática e ideológica da notícia na formação da realidade social que se quer construir ou produzir, é uma relação entre a imprensa e o seu público, cuja linguagem são repetidas para impressionar o público alvo, que é o receptor, este receptor absorve a notícia como sendo a verdade real de um fato, ato, ou coisa que se quer como certa, é a própria coisificação do homem.
Já o populismo penal midiático, é um show acobertado por holofotes que tem a justiça como ator principal, cuja intenção no agendamento da notícia, é criar bandidos, que devem ser presos e por certo julgados pela mídia, onde a justiça imposta pela mídia já dar o veredito final da pessoa condenada, porque a opinião pública assim o quer.
A mídia no seu agendamento cria o bandido, o marginal e fecha os olhos para o marginalizado, o marginalizado se torna um vácuo silenciado como forma de ser esquecido para se tornar o marginal que se quer construído, é a honra roubada, para se tornar um desonrado na produção do agendamento, o bandido, que não vem de um bando, vem dos lenções de pobrezas que se acumulam nas grandes cidades em estratos de um último andar da sociedade que é esquecido, ou que se quer esquecer.
O artigo em si, se divide em dois tópicos: o agendamento da notícia, o inimigo e o justiçamento midiático: e o populismo penal midiático no julgamento marginal estereotipado. Onde no primeiro tópico se vê o papel do agendamento e o conceito de inimigo no justiçamento social, já o segundo tópico traz o populismo penal midiático junto a holofotes em julgamentos pré-julgados pela mídia de marginalizados que se tornam em marginais estereotipados pela mídia.